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Frostpunk é o meu novo Dark Souls

  • Foto do escritor: Guardião Cinzento
    Guardião Cinzento
  • 29 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

Eu não sei mais dizer quantas vezes já zerei todos os 3 jogos da série Dark Souls. O que eu me lembro é que, em Dark Souls 1, eu alcancei o NG+9, além de, em certo ponto, ficar tão viciado que consegui zerar o jogo derotando todos os chefes em 1 hora e 45 minutos. No Dark Souls 2, eu alcancei o NG+10, além de zerar o jogo pelo menos uma vez sem sair do nível 1. Finalmente, em Dark Souls 3 (o que eu menos joguei), eu alcancei o NG+4. Isso sem falar de todas as vezes que zerei estes jogos com personagens novos.


Eu zerei também Elden Ring duas vezes (eu sei, pouco, mas isso é tópico pra outro post, sobre o mundo aberto do jogo), e estou enrolando há ANOS para voltar a Sekiro, onde fiquei travado na primeira luta com o famoso Corujão. Demon Souls e Bloodborne, infelizmente, eu não joguei, por motivo de falta de Playstation...


Eu digo tudo isso pra mostrar não (apenas) o quanto amo essa saga, mas o quanto eu já estou experiente nela e, com isso, fui perdendo aquele sentimento mágico de "Se fuder esse jogo do inferno, mas que jogo maravilhoso!"


Aquele sentimento único que você tem depois de passar horas e horas na mesma parte, ficando cada vez mais nervoso até que precisa desistir por hoje, apenas pra ficar pensando nisso pelo resto do dia e então voltar pra mais. Um sentimento que equilibra perfeitamente desolação com a vontade de conquistar algo que antes parecia inconquistável.


Infelizmente, Dark Souls não consegue mais me proporcionar esse sentimento, e, não importa o quanto eu deseje esquecer essa série para começar novamente do 0, isso não vai acontecer. O que pode acontecer, porém, é encontrar outro jogo que oferece esta mesma sensação de frustração imensa, seguida pela realização de conquistar esse sistema. Como diria a EA, algo que me dê um "feeling of pride and accomplishment". E é ai que entra Frospunk!


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Pra quem não sabe, FrostPunk é um jogo que mistura elementos de Sobrevivênvia, Estratégia, e Gerenciamento de Cidades em um mundo pós-apocalíptico onde você se torna o líder de uma comunidade que está tentando se estabelecer em torno de um gerador gigante, a única fonte de calor em uma nova realidade congelada.

O gameplay envolve construir casas e outras construções funcionais para a sua população, equilibrando suas necessidades de comida e aquecimento, o que fica cada vez mais difícil, tanto porque o reator só consegue aquecer uma certa área (a qual você pode aumentar com melhorias) e porque, conforme os dias passam, vai ficando cada vez mais frio no geral. Além disso, tem também o fato de que você precisa gerir o descontentamento e a esperança da sua população. Se a esperança chegar a 0, ou o descontentamento passar de 100, você corre o risco de ser deposto e exilado, assim acarretando o game over. O pior é que, normalmente, chega um momento onde não adianta mais tentar mudar o rumo das coisas, e vale mais a pena começar do 0 do que tentar voltar o save há apenas alguns dias atrás.

Jogando assim, as campanhas de FrostPunk me lembram a frustração de enfrentar o mesmo chefe em Dark Souls, de novo e de novo, por horas sem fim, cada vez aprendendo um pouco mais de como derrotar este desafio.

Eu mesmo ainda não fui capaz de completar sequer a primeira campanha do jogo, chamada de O Novo Lar, mas enquanto na primeira vez eu fui deposto no 20º dia, e, na segunda vez, no 15º, cheguei ao 40º dia na terceira vez, faltando apenas uns dois ou três dias para conseguir. Foi extremamente difícil, mas foi como morrer pra um chefe de Souls quando faltava apenas um ataque: extremamente frustrante, mas agora eu sei que consigo.

Logo eu devo tentar de novo, e de novo, e de novo, até conseguir. Eu realmente sentia falta desse sentimento de "eu detesto esse jogo de merda, mas, ao mesmo tempo, que jogo bom da porra"!


 
 
 

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